A RÁDIO

Uma das mais antigas emissoras de Santa Catarina e também do país, a Rádio Difusora de Laguna foi fundada como um serviço de auto-falantes em 22 de novembro de 1943.

O Serviço de Auto Falantes Tupã foi criado por Nelson Almeida, Erotides Guimarães e Carlos Araújo Horn. É importante ressaltar que a legislação daquele tempo não permitia que nenhuma emissora recebesse o prefixo imediatamente, seria necessário trabalhar dois anos para ver se “pegava”, ou seja, se seria aceita pela população. Por esse motivo do registro oficial ser documentado apenas no ano de 1946.

Para facilitar a concepção do registro, Nelson Almeida formou uma sociedade, juntamente com Erotides Guimarães e Pompílio Bento, registrada no Registro de Tributos e Documentos uma dependência do Cartório de Registro Civil.

Quando o processo estava em andamento, Almeida recebeu uma comunicação que deveria trocar de nome, pois em São Paulo já existia a Rádio Tupã. Nelson Almeida então fez uma ampla consulta popular, movimentou o estado todo, recebeu milhares de cartas, a grande maioria sugerindo o nome de Rádio Difusora de Laguna.

Na época como a emissora havia apenas um transmissor, sua programação era interrompida durante duas horas por dia para não haver um desgaste maior, funcionando das 7h às 14h e das 16h às 22h.

Agilmar Machado em seu livro História da Comunicação no Sul de Santa Catarina destaca entre os primeiros proprietários: Pompílio Pereira Bento (ex-deputado e ex-prefeito da cidade), Aderbal Ramos da Silva (ex-governador) e Joaquim Ramos. Machado também conta que o primeiro locutor foi Edgar Bonassis da Silva, vindo depois Dib Cherem, Dakir Polidoro, Walmor Silva, Newton Prado Baião, Júlio Marcondes de Oliveira, Osmar Cook, entre outros.

No começo da década de 1980, a rádio passou a pertencer à Rede de Comunicações Eldorado (RCE) e mais tarde a Dite Freitas. Em 2002, a emissora foi vendida para a Rede HS de Comunicação e mais tarde, em 2016, para o empresário Armelindo Salvaro.

Desde junho de 2017, a Difusora transmite na faixa de frequência modulada (FM 91,5). A migração faz parte de um processo de melhora do uso do espectro radiofônico desencadeado pelo Ministério das Comunicações (MiniCom) e a Anatel. Com isso, a rádio deixou de usar a faixa de 1.160 kHz em amplitude modulada (AM).

Fonte: Arquivo Difusora (trechos de entrevista concedida por Antônio Ferreira, ex-gerente da emissora) a Batista Cruz, sendo também publicada no Jornal de Laguna dia dia 18 de fevereiro de 2005. Livro A história da comunicação no sul do Brasil (Machado; Torres, 2001). Jornal de Laguna.